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Às dezesseis horas e dez minutos do dia primeiro de julho do ano dois mil (o livro de presenças está datado de vinte e nove de junho, por engano), no auditório 33 do 11º andar da UERJ (campus do Maracanã), estando presentes os seguintes
acadêmicos: Álvaro de Sá, Amós da Silva Coêlho, Antônio Martins de Araújo, Claudio Cezar Henriques, Evanildo Bechara, Horácio Rolim de Freitas, José Geraldo Paredes, José Pereira da Silva, Manoel
Pinto Ribeiro, Marina Machado Rodrigues e o Prof. Dr. Afrânio da Silva Garcia, foi iniciada a Reunião ordinária da Academia Brasileira de Filologia. Abrindo a reunião, o Senhor Presidente, Leodegário Amarante
de Azevedo Filho, informou sobre o Congresso Internacional de Lexicografia e Literaturas do Mundo Lusofônico, pediu uma salva de palmas para recepcionar o Acadêmico Álvaro de Sá, que acabou de sair de grave crise de saúde, e ao Prof. Nicolavsk Pereira
Tape. O Acadêmico José Geraldo Paredes informa que esteve presente na reunião do dia vinte e nove de abril e que se esqueceu de assinar o livro de presença. A seguir, foi dada a palavra ao Senhor Vice-Presidente,
Acadêmico Evanildo Bechara, que explicou a proposta de um dicionário bilíngüe português-espanhol/espanhol-português, que trazia o Prof. Nicolavsk, com a leitura da carta do
editor, com diversas intervenções dos acadêmicos interessados. Ficaram incluídos na comissão os acadêmicos Adriano da Gama Kury, Antônio José Chediak, Antônio Martins de Araújo, Cilene Pereira da Cunha,
Claudio Cezar Henriques, Evanildo Bechara, Horácio Rolim de Freitas, Manoel Pinto Ribeiro e Maria Emília Barcellos da Silva, com o compromisso de que vinte por cento da remuneração ficará para a Academia Brasileira de Filologia.
A seguir, foi dada a palavra ao Acadêmico Manoel Pinto Ribeiro para apresentar o Parecer sobre a questão do concurso sobre divisão silábica da palavra “Inácia”, que aproveitou para dar informes também sobre o registro do regimento da Academia
e apresentar o livro de atas anteriores, que será editado por José Pereira da Silva. A seguir, passou-se para a sessão acadêmico-cultural, com o Debate sobre Os Sertões, quando o Senhor Presidente teceu algumas considerações sobre a datação da
obra, com interferências dos acadêmicos Álvaro de Sá e Evanildo Bechara. Lembrou-se que Euclides da Cunha incorporou tendências dos sistemas colonialistas vigentes relativos ao racismo, que era bastante forte
no Brasil; que não é Antônio Conselheiro o herói de Os Sertões, mas sim os cangaceiros que o seguiam, tendo restado apenas quatro indivíduos ao final: um velho, uma criança e dois homens que resistiram até o fim.
Dando por encerrada a reunião às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, o Senhor Presidente marcou para o dia vinte e seis de agosto a próxima reunião, quando se dará a comemoração do aniversário da Academia, com a palestra do Acadêmico
Carlos Eduardo Falcão Uchôa sobre os Inéditos de Mattoso Câmara Jr, e eu, José Pereira da Silva, Segundo Secretário, lavrei a presente ata, que vai assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
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