Às dezoito horas do
dia vinte e três de agosto de
dois
mil e seis, no RAV 112 da UERJ (Rua
São Francisco Xavier, 524,
Bloco F, 11o.
andar), com a presença dos acadêmicos: Álvaro Alfredo
Bragança Júnior, José
Pereira da Silva, Leodegário Amarante de
Azevedo Filho e Rosalvo do Valle, além de diversos visitantes e familiares dos
Acadêmicos José Mario Botelho e Álvaro Alfredo Bragança Júnior, realizou-se a
sessão de posse destes dois novos membros do quadro efetivo permanente da
Academia Brasileira de Filologia, seguindo regularmente a sua tradição. Como se
trata de uma reunião especial e extraordinária, não houve leitura de ata nem
assinatura do Livre de Registro de Presenças. Aberta a sessão, o Senhor
Presidente deu as boas vindas aos novos Acadêmicos e convocou o Acadêmico
Rosalvo do Valle e a mim, José Pereira da Silva, para compormos a mesa de
trabalhos na qualidade de recepiendários dos novos Acadêmicos. A seguir, deu a
palavra ao Acadêmico Rosalvo do Valle para fazer o discurso de recepção do
Acadêmico Álvaro Alfredo Bragança Júnior, que o fez com graça e emoção,
rememorando fatos de sua já não curta convivência. Imediatamente, foi dada a
palavra a mim, José Pereira da Silva, para fazer o discurso de recepção do
Acadêmico José Mario Botelho, em substituição ao Acadêmico Evanildo Cavalcante
Bechara que não pôde comparecer, o que foi feito com relatos de sua vida
acadêmica constantes em seu currículo e que o habilitam como promissora
aquisição para a Academia Brasileira de Filologia, tanto como pesquisador, como
líder, editor, organizador de eventos e docente querido de seus alunos.
Terminada a recepção da Academia, foi dada a palavra ao Acadêmico José Mario
Botelho para proferir seu discurso de posse, que foi lido com emoção prazeroza,
chegando, entretanto, a levar o coração a mudar extremamente de ritmo e fugir a
foz num breve engasgo. Aplaudido, continuou e concluiu com brilhantismo sua
primeira fala como membro desta Casa. A seguir, foi dada a palavra ao Acadêmico
Álvaro Alfredo Bragança Júnior, que não trouxe discurso escrito em papel, mas na
memória, para a qual só anotou um roteiro para não perder a ordem das
considerações planejadas para o momento que considerou de grande importância em
sua vida. Mostrando-se brilhante conferencista, emocionou-se e emocionou a todos
com a sua fala, principalmente no momento em que falou de seus progenitores.
Encerradas estas falas carregadas de emoção, o Senhor Presidente, Leodegário
Amarante de Azevedo Filho mandou que o Acadêmico Rosalvo do Valle lesse, em
latim, o seguinte Juramento, que os Acadêmicos empossados repetiram:
Ego, iureiurando, promitto fidem servare
et praestare, condigne ut Academiae Brasiliensis Phylologiae membrum,
Congregationis Statutum et Constitutionem Internam, naturaliter conventibus
adsistens et omnia efficiens, Lusitanae Linguae studendo et eam colendo in
Brasilia. A seguir, para que o público que não sabe latim pudesse
entender o juramento feito, o Senhor Presidente mandou que eu, José Pereira da
Silva, lesse a versão portuguesa do mesmo juramento:
Prometo respeitar e cumprir, na condição
de membro efetivo da Academia Brasileira de Filologia, o Estatuto e o Regimento
Interno da entidade, assistindo normalmente às suas reuniões e tudo fazendo pelo
estudo e preservação da Língua Portuguesa no Brasil. Por fim, fui
investido da honrosa tarefa de apor aos dois novos Acadêmicos a medalha e o
capelo, com o que se encerrava o cerimonial da posse dos novos membros da
Academia Brasileira de Filologia, Professor Doutor Álvaro Alfredo Bragança
Júnior e Professor Doutor José Mario Botelho. Às vinte horas, o Senhor
Presidente, Leodegário Amarante de Azevedo Filho, deu por encerrada a sessão, de
que eu, Segundo Secretário, José Pereira da Silva, lavrei a presente ata que vai
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
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